Com o objetivo de levar informação qualificada e debater as principais tendências de mercado do estado do Rio, a Casa Firjan foi palco do 1º Seminário de Tintas do Sindicato das Indústrias de Tintas e Vernizes e de Preparação de Óleos Vegetais e Animais do Município do Rio de Janeiro (Sintirj), realizado em 04/11. “Nossa função é trazer informação e modernizar alguns conceitos, além de discutir questões regulatórias. A Firjan sempre foi nossa parceira e é muito significativo que esse primeiro encontro esteja acontecendo aqui nesse espaço”, destacou Carlos Augusto Alves, presidente do Sintirj.

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, ressaltou a relevância do setor para a indústria fluminense. “A atuação ativa e incansável do sindicato tem sido fundamental para o fomento das empresas que fabricam tintas e vernizes. Assim como os demais segmentos, o setor tem enorme necessidade de se modernizar e buscar alternativas para acompanhar as novas tecnologias e se manter competitivo no mercado. É de total interesse da Firjan ajudar o sindicato na adoção de práticas que levem a sua evolução”, frisou.

Menos burocracia na regulação

Gustavo José Kuster de Albuquerque, diretor de Avaliação da Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), apresentou o novo modelo regulatório a ser implementado pelo órgão. O modelo atual é marcado pela baixa performance, em que o tempo médio entre a identificação de um problema e a completa implementação de um novo regulamento é de sete anos. “Nesse meio tempo o produto já mudou e a regulamentação não atende mais as suas demandas”, explicou.

Com mais de 50 portarias complementares por ano e 195 medidas regulatórias, o modelo, de acordo com Albuquerque, causa efeitos adversos na economia, pois inibe a inovação. Com isso, está desalinhado com as melhores práticas internacionais e com as atuais políticas de desburocratização do atual governo.

O novo modelo proposto tem como princípio geral a flexibilidade e é sustentado por três pilares: um ambiente normativo baseado em regulamentos gerais e requisitos essenciais; aumento da cobertura na resolução de problemas; e aumento da responsabilização dos fornecedores com vistas à ampliação de compliance dos agentes regulados. “A expectativa é que, no final de 2021, tenhamos algo mais moderno e que possa inspirar outros reguladores do país”, disse.

Para Alexandre Bastos, presidente da Nena Indústria Química, as medidas trarão tranquilidade para o setor. “Esse encontro, na Casa Firjan, nos permitiu acesso a debates e informações fundamentais para nosso crescimento”.

Apoio dos Institutos SENAI de Tecnologia

Paulo Furio, gerente de Tecnologia e Inovação dos Institutos SENAI de Tecnologia (IST) Ambiental e de Inovação (ISI) em Química Verde, falou sobre conformidade e inovação. “A rede de laboratórios do SENAI conta com a maior estrutura analítica da América Latina. Precisamos avançar nos nossos pleitos em relação à extensão do escopo acreditado. Se pudermos fazer uma extensão desse escopo de forma imediata, validando metodologias estabelecidas, ganharemos em rapidez e redução de custos para as empresas”, argumentou.

Furio também reforçou o suporte prestado pelos IST e ISI. “É importante que as empresas tenham ciência das condições especiais que temos de montar projetos de inovação, observando a conformidade. Nós fazemos pesquisa aplicada, oferecendo soluções modernas”.

O seminário também contou com uma palestra técnica sobre pigmentos inorgânicos com Julio Delboni, diretor da Transcor. Delboni abordou como identificar os pigmentos e quais as vantagens e desvantagens dos pigmentos inorgânicos naturais e sintéticos. Confira as fotos do evento.